Projeção indica que político pró-União Europeia obteve mais de 60% dos votos frente à candidata social-democrata no segundo turno das eleições da Romênia.
Pesquisas de boca de urna indicam que Klaus Iohannis foi reeleito presidente da Romênia no segundo turno das eleições presidenciais ocorridas neste domingo (24). Pelas projeções, ele obterá entre 64,8% e 66,5% dos votos, uma larga vantagem frente à candidata social-democrata Viorica Dancila.
Segundo a agência Associated Press, Iohannis prometeu combater a corrupção e avançar na garantia da lei no país, que tem cerca de 19 milhões de habitantes. Com uma plataforma liberal-conservadora, ele reconheceu a importância da União Europeia para o país.
“Eu votei por uma Romênia moderna, uma Romênia europeia, uma Romênia normal”, afirmou após votar.
Governo de unidade
Eleitor segura bebê ao sair de cabine de votação neste domingo (24), segundo turno das eleições da Romênia — Foto: Andreea Alexandru/AP Photo
Iohannis venceu a eleição pouco mais de um mês depois da oposicionista Viorica Dancila perder o cargo de primeira-ministra — a Romênia adota sistema presidencialista misto, em que o Parlamento e o presidente dividem o controle do Executivo. Assim, até outubro, o país tinha um governo dividido entre dois grupos oponentes no xadrez político local.
Dancila deu lugar a Ludovic Orban, atual primeiro-ministro e aliado de Iohannis. A social-democrata tentou retornar ao governo ao se candidatar à Presidência da Romênia. Porém, com a derrota, o grupo do atual presidente terá maioria para governar o país.
Ex-primeira-ministra da Romênia e candidata a presidente, Viorica Dancila é recebida por apoiadores em Bucareste neste domingo (24) — Foto: Andreea Alexandru/AP Photo
De acordo com a agência AP, Dancila recebia acusações de ser complacente com corrupção por reformas no Judiciário que, supostamente, enfraqueceriam o combate às más práticas e retirariam a independência dos juizes. Isso levou a protestos nas ruas da Romênia e até a críticas por parte da União Europeia.
Integrante da União Europeia desde 2007, a Romênia é um dos países mais pobres do bloco — o que causou êxodo de romenos pela Europa e outras partes do mundo. Estima-se que 4 mil romenos vivam fora do país.
Recentemente, o país europeu ganhou as páginas do noticiário econômico após o governo dos Estados Unidos anunciar o apoio prioritário à adesão da Romênia à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), junto à Argentina.