Em um primeiro momento, segundo o Ministério da Saúde da Palestina, as doses serão aplicadas nos profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate às doenças. A Faixa de Gaza tem população de 2 milhões de habitantes.

A vacinação dos palestinos começou há duas semanas na Cisjordânia, bem depois do início da imunização em Israel, país com maior número de doses aplicadas por habitantes. Isso gerou críticas de autoridades palestinas, que consideraram que o governo israelense estaria boicotando a distribuição de vacinas a eles.

O caso da Faixa de Gaza foi ainda mais delicado, porque a região está sob bloqueio de Israel e Egito, ambos vizinhos, desde que o Hamas tomou o controle da área em 2007.

Por isso, alguns parlamentares israelenses chegaram a pedir o condicionamento das entrega das vacinas à libertação de dois cidadãos de Israel capturados pelo grupo islâmico. Os congressistas também disseram temer que os imunizantes sejam primeiro distribuídos aos militantes, e não aos profissionais da saúde.

Um representante do governo israelense, porém, disse à agência Associated Press que “não é do interesse de Israel que haja uma crise de saúde em Gaza”.

A Faixa de Gaza registra mais de 53 mil casos de Covid-19 registrados desde o começo da pandemia. O número de mortos pela doença chegou a 538.

Saiba mais sobre a vacina Sputnik V, aplicada em Gaza, no VÍDEO abaixo

g1.globo.com/ciencia-e-saude/video/que-vacina-e-essa-sputnik-v-9261926.ghtml