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Por Milton Atanazio

Em 9 de maio de 2021 Belarus comemora uma data importante na história da Europa e do mundo – 76 anos da Vitória na Grande Guerra Patriótica. Esta guerra trouxe para o nossa terra para o país devastação e desgraça.

Segundo o Embaixador de Belarus no Brasil, Sr. Aleksandr Tserkovsky, esta Guerra durou mil quatrocentos e dezoito dias e noites. Todo o povo do país antigo soviético levantou-se para lutar contra o fascismo. A vitória foi possível, em grande parte graças devido à amizade dos povos que vivem nele, devido ao fato de que diferentes nacionalidades eram pelo objetivo comum: esta foi uma luta geral. A União Soviética perdeu mais de 26 milhões de pessoas que foram mortas nos campos de batalha, massacrados com atrocidade pelos nazistas, morreram nos campos de concentração.

Belarus sofreu o maior dano durante a Guerra. A ocupação do território de Belarus pelas nazistas durou de junho de 1941 até agosto de 1944. No final de agosto 1941, depois das batalhas sangrentas e os cercos, todo o território da Belarus moderna foi ocupada pelos invasores nazistas. A guerra mais terrível da história humana deixou uma marca indelével em cada família de Belarus.

Os nazistas impuseram um regime brutal, deportando cerca de 380 mil pessoas, incluindo 24 mil adolescentes, para realizarem trabalhos escravos e matando mais centenas de milhares de civis. No total, mais de 2.230.000 pessoas foram mortas em Belarus, durante os três anos de ocupação nazista. Cada terceiro cidadão belarusso foi morto, lutando no exercito vermelho, nos grupos dos guerrilheiros e clandestinos ou foi matado nas operações punitivas realizadas pelos invasores no território ocupado de Belarus.

Na terra belarussa nazistas queimaram, destruíram e saquearam 209 de 270 cidades e centros regionais, ao menos 9.200 aldeias belarussas (para 80-90% foram destruídos Minsk, Gomel, Vitebsk).

A economia do país em capacidade industrial e de energia foi caída para o nível do ano de 1913. Os invasores queimaram e destruíram mais de 100 mil edifícios de produção industrial. Foram destruídas ou levadas para Terceiro Reich 10.338 empresas industriais.

Na Belarus, havia cerca de 250 campos de prisioneiros de guerra e 350 locais de detenção de população. Só na aldeia Trostenets, onde era um dos maiores campos  de extermínio pelos nazistas foram assassinadas  206.500 pessoas. E ao contrário de Auschwitz, Majdanek e Treblinka, em Trostenets foi matada principalmente a população local. Além disso, em 186 locais foram criados guetos de judeu. No gueto de Minsk estiveram cerca de 100 mil pessoas, das quais sobreviveram as unidades.

O símbolo trágico do extermínio da população civil de Belarus foi a aldeia de Khatyn, que fica aos 30 quilômetros da capital de Belarus, da cidade de Minsk, no qual foram mortas e queimadas 148 pessoas. 618 aldeias partilharam o destino de Katyn, 188 delas nunca foram reconstruídas.

No território ocupado de Belarus nos primeiros dias da guerra surgiu a verdadeira “segunda frente”. Contra os nazistas subiram mais de um milhão dos guerrilheiros- Grande Exército do Povo, as ações dele ganharam a importância estratégica e tornaram-se um fator importante na derrota do inimigo.

A heróica resistência do povo contra o fascismo continuou até que todos os invasores foram expulsos.

Pela coragem e heroísmo mais de 300.000 belarussos e nativos de Belarus foram condecorados pelas ordens e medalhas, às 444 pessoas foi outorgado o título de Herói da União Soviética.

Mas a principal vantagem do país na luta contra a máquina de guerra nazista poderosa e destrutiva foi à força espiritual do povo bielorrusso.

Com a união e ajuda dos países Aliados contra Hitler na Segunda Guerra Mundial o fascismo foi derrotado. Na noite de 8 a 9 de maio de 1945 os dirigentes militares nazistas assinaram a ata de rendição sem condições.

Depois da Segunda Guerra Mundial o povo heróico de Belarus juntamente com os outros povos da União Soviética pelos esforços extremos recuperaram a República destruída. Nos prazos curtos foi restaurada a economia do país, as fábricas as escolas, os hospitais destruídos durante a guerra foram reconstruídos. O bem estar dos belarussos aumentou, em particular, a saúde pública melhorou.

O Sr. Embaixador enfatiza especialmente, que vivemos hoje no outro tempo, no outro século. Todos nós vemos como o mundo é frágil, como brotam a sangue e como as pessoas morrem nos conflitos armados em algumas regiões do planeta. É por isso que para nós é muito importante guardar a memória sobre as vítimas e a façanha dos povos que derrotaram o nazismo para evitar que os erras do passado se repitam e não permitir como nova tragédia mundial.

Com informações da Embaixada da Belarus no Brasil e agradecimento ao Sr. embaixador Aleksandr Tserkovsky

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