Por Milton Atanazio
O Reino da Arábia Saudita reconhece o valor das mulheres no desenvolvimento e sua importância social nos diferentes âmbitos, por este motivo, a tendência de empoderar as mulheres no reino, tornou-se um assunto fundamental, e os esforços mais valiosos estão sendo feitos para que isto aconteça.
O Ministério de Recursos Humanos e Desenvolvimento Social teve como objetivo, empoderar as mulheres Sauditas por meio de programas de empoderamento, treinamento e liderança para aumentar a participação de mulheres líderes como tomadoras de decisões, e para capacitá-las a assumir posições de liderança no país.
Esses programas resultaram em estatísticas que comprovam o sucesso destes esforços, já que o Ministério de Recursos Humanos e Desenvolvimento Social publicou relatórios indicando que o indicador da participação econômica das mulheres no mercado de trabalho aumentou 25%, enquanto a taxa de desemprego entre as mulheres diminuiu e a porcentagem de participação das mulheres no desenvolvimento econômico aumentou durante o primeiro trimestre do ano de 2020.
No primeiro trimestre do ano de 2020, o índice de participação das mulheres no mercado de trabalho – da força de trabalho – para o primeiro trimestre do ano de 2020 aumentou para 27,5%. Estes dados, sem dúvida, refletem o sucesso do plano de formação inicialmente elaborado pelo Ministério.
Os programas de treinamento não se limitaram a uma área, como explicou a Subsecretária para o Empoderamento das Mulheres, Sra. Hind Bint Khalid Al Zahid, sendo que mais iniciativas destinadas a empoderar as mulheres serão implementadas e lançadas, dentre elas, sendo a mais importante encontramos: “Iniciativa de Treinamento e Formação em Liderança para Líderes Femininas – Visão 2030”.
Este programa tem como objetivo aumentar a visibilidade das mulheres líderes e as porcentagens de emprego das mesmas em cargos efunções de liderança.
A Subsecretária para o Empoderamento das Mulheres, Sra. Hind Bint Khalid Al Zahid mostrou também a importância do próximo projeto do Ministério intitulado “Uma Estratégia para o Trabalho Remoto na Função Pública”, por ser um dos projetos mais importantes que buscam empoderar as mulheres e valorizar seu papel de liderança, e por ser uma das iniciativas do “Plano Nacional de Transformação 2020”. (1)
Além dos projetos de treinamento e capacitação que o Governo do Reino da Arábia Saudita oferece à Mulher Saudita, ele garante seus plenos direitos e valoriza seu papel de mãe, esposa ou filha, e proporciona a ela um ambiente de trabalho confortável e adequado. Por exemplo, o Ministério do Trabalho aprovou uma série de direitos garantidos às gestantes, pois elas têm direito a tirar férias com vencimento integral por um período de 10 semanas, a serem distribuidas conforme desejarem. E, caso tenham um filho que padece de uma doença ou com necessidades especiais, elas têm direito a uma licença maternidade de um mês – prorrogável – após o parto.
A mulher tem também o direito de tirar uma hora por dia durante o exercício do seu trabalho para amamentar o filho sem que isso afete seu salário, e o empregador deve fornecer assistência médica à trabalhadora durante o período de gravidez e parto.
A lista de direitos ainda continua e se estende, e isso deixa bem clara a flexibilidade do ambiente desfrutado pelas mulheres trabalhadoras Sauditas. Isso levou ao incentivo das mulheres, como resultado desse empoderamento e fortalecimento, para assumir importantes posições de liderança. Pois, em 2011, o Rei Abdullah – que Deus tenha misericórdia dele – anunciou a participação das mulheres na composição do Conselho Shura, que é a mais alta Autoridade Consultiva no Reino, e receberam, em 2015, o direito de concorrer ao Conselho Municipal, sendo que foram nomeadas para 10 dos 284 conselhos municipais.
Além do fato de as mulheres terem se tornado membro do Conselho Shura e membro do Conselho Municipal, elas também alcançaram muitos cargos de alto escalão, pois se tornaram embaixadoras, vice-ministras, porta-vozes, diretoras executivas e diretoras de programas internacionais, e no novo organograma do Ministério da Justiça, de forma oficial, por meio da criação de um departamento feminino pela primeira vez na história do Ministério, no qual as mulheres foram designadas a uma série de funções notariais, ao autorizar 57 mulheres a realizar serviços de documentação durante o expediente inteiro, semelhante ao número de seus colegas notários (2).
Não há dúvida de que nos próximos anos, o mundo testemunhará o surgimento de nomes de Mulheres Sauditas importantes e influentes no mundo, pois, foi o próprio Príncipe Herdeiro do País delas quem declarou: “Eu apoio a Arábia Saudita, e a metade da Arábia Saudita são mulheres, então eu apoio as mulheres”. Esta declaração representa um Governo que acredita piamente na importância do empoderamento das mulheres como parte integral dele.
Com informações de Fabiana Ceyhan – Brasilia in Foco