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Por Milton Atanazio

34º aniversário e o Dia Internacional da Memória do Desastres de Chernobyl – 26 de abril de 2020

Em 26 de abril de 1986, o mundo foi abalado por uma terrível tragédia – uma explosão na usina nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia (então parte da URSS). Este acidente acabou por ser a pior catástrofe nuclear da história da humanidade. A explosão causou a liberação de grandes quantidades de materiais radioativos à atmosfera que se espalharam pelo oeste da URSS e pela Europa. Essa contaminação radioativa afetou a vida de milhões de pessoas e suas consequências ainda se fazem sentir.

O legado de Chernobyl é de particular importância para Belarus. A catástrofe afetou o vasto território, resultou na realocação de pessoas e na interrupção da vida normal de centenas de milhares de belarussos. A superação das consequências de longo prazo de Chernobyl exige enormes esforços nacionais e novas parcerias para o incentivo ao desenvolvimento sustentável nas áreas afetadas, atração de inovações e investimentos.

Belarus foi a mais afetada pela catástrofe de Chernobyl, que recebeu 70% da poluição por radiação.

Os danos totais causados pela catástrofe de Chernobil à República de Belarus estão estimados em 235 mil milhões de dólares, que, a preços de 1985, ascendiam a 32 orçamentos belarussos.

Em 2016, a Assembleia Geral das Nações Unidas, em sua resolução, reconheceu o legado persistente do desastre de Chernobyl e habilitou o sistema das Nações Unidas a empreender passos significativos visando alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas áreas e comunidades afetadas por Chernobyl. A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 26 de abril como o Dia Internacional da Memória do Desastre de Chernobyl.

Belarus considera como prioridades para o desenvolvimento sustentável das regiões afetadas, conforme estipulado na resolução:

  • captação de inovações e investimentos para criar novos empregos;
  • aperfeiçoamento da proteção contra radiação e monitoramento ambiental e de saúde a longo prazo;
  • introdução de tecnologias avançadas na produção agrícola e silvicultura para minimizar a ingestão de radionuclídeos;
  • criação de uma rede de contatos entre instituições científicas nacionais especializadas para estudar as consequências a longo prazo do desastre de Chernobyl.

Belarus conta com o apoio das agências das Nações Unidas, países-membros da ONU, investidores privados e outros parceiros interessados.

Belarus possui um centro de pesquisa único no meio da Zona de Exclusão – a Reserva Radioecológica Estatal de Poléssie. A Reserva Radioecológica está aberta à cooperação e convida os parceiros interessados a desenvolver programas conjuntos de pesquisa em radioecologia, radiobiologia ou exploração da natureza sem intervenção antropogênica.

A reabilitação de territórios contaminados, o restabelecimento da economia e a garantia de condições de vida seguras para pessoas nas áreas afetadas ainda são questões urgentes para o governo de Belarus como um dos países mais afetados. Acreditamos que a cooperação internacional em relação aos problemas de Chernobyl continua sendo relevante.

Segundo o embaixador da Belarus no Brasil , Sr. Aleksandr Tserkovsky, “Belarus pode compartilhar com o mundo conhecimento e experiência únicos em lidar com tais desastres e experiências relacionadas com doses de radiação permitidas, zoneamento, reabilitação psicológica de pessoas”, afirma.

“Admiramos aquelas pessoas magnânimas, governos e organizações internacionais que têm permanecido compassivos e não têm deixado de ser simpáticos com a sina das vítimas de Chernobyl nos últimos 30 anos.

Estamos ansiosos por uma cooperação frutuosa com todos os parceiros para superar as consequências de longo prazo do desastre de Chernobyl e para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas regiões afetadas.”, finaliza o embaixador.

Serviço: Anton Gorbach -Terceiro-Secretário (Apoio Consular, Membro do Grupo Econômico-Comercial, Cooperação nas áreas de Política, Educação, Cultura, Turismo e Esportes)

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