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“Confirmamos que foi concedida autorização para sobrevoo de aeronave transportando o ex-presidente Evo Morales”, disse o Itamaraty.

O pedido foi feito pelo México e atendido pelo Brasil hoje.

Numa coletiva de imprensa nesta terça-feira (12), o Ministério das Relações Exteriores do México informou sobre a dificuldade de tirar Evo Morales da Bolívia e que estavam em andamento as negociações com vários países da América Latina para que a aeronave pudesse usar o espaço aéreo desses países. Além do Brasil, houve contato com Paraguai, Peru e Equador.

Evo Morales renunciou à Presidência da Bolívia no domingo (10) e ainda não está claro quem irá substituí-lo. Em 20 de outubro, ele havia sido eleito em primeiro turno em eleições gerais, mas protestos violentos e denúncias de fraude na votação aumentaram a tensão no país. O então presidente perdeu apoio dos militares, que pediram sua saída.

No poder desde 2006, Evo Morales disputou uma nova reeleição em 20 de outubro deste ano. A candidatura já havia sido contestada – um referendo feito em 2016 rejeitou essa possibilidade, mas, em 2018, a Justiça Eleitoral o autorizou a tentar um quarto mandato.

Mesmo antes do fim da contagem dos votos de outubro, protestos tomaram as ruas da Bolívia. Simpatizantes de Carlos Mesa, opositor de Evo, denunciavam fraudes na apuração.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) e o governo da Bolívia anunciaram que a entidade faria uma auditoria do processo eleitoral inteiro.

Em 10 de novembro, a OEA divulgou resultado preliminar apontando fraude e a necessidade de novas eleições.

Com informações do G1

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